domingo, 18 de setembro de 2011

Um elefante branco (ou cinza?) recebe os visitantes.


Acho essa foto linda. Mostra um céu tipicamente de inverno, azul e tênue, com a banderia do Brasil que tem teimado em sumir de seu lugar e... uma construção que simoboliza, ou ratifica mesmo, a lástima da política. O que a princípio seria um obelisco imenso mostrando o poder de uma cidade, agora mostra esse poder, de outra forma. Quem entrasse na cidade iria ver um "teatro", incomum para as interioranas regiões paranaenses. Seria um orgulho, algo a ser propagado pelos cantos do país.... essa parte continua. Agora está apodrecendo. Tem suas paredes manchadas pela ausência. É um prédio morto, decompondo-se e exalando o cheiro das conveniências. A quem beneficia uma situação dessas? Já ouvi algumas desculpas para esse estado...(Estado?)... mas, e daí? De que servem as desculpas se elas não são capazes de continuar ou , ao menos, dar uma função ao que existe?
Por outro lado, uma entrada para uma peça de teatro, que supunha-se viria para nossa cidade, custa, em média R$60,00, pra ser otimista. Quantos e quantas vezes por ano um iratiense pagaria esse preço? Uma família toda pagaria isso? Se a resposta fala em subsído da prefeitura, eu me pergunto: então por que não terminam o prédio? Quanto se paga para assitir uma peça da Denise Stoklos que dá nome ao prédio? E o resto, outras peças, outros espetáculos?

Como curiosidade .... e propaganda
Tim Maia - Vale tudo - o musical
Teatro Guaira
24 de setembro - 21:00h
Preço
Balcão 1 R$ 140,00
Balcão 2 R$ 120,00
Cadeirante R$ 120,00
Platéia A R$ 220,00
Platéia B R$ 180,00
http://www.descubracuritiba.com.br/teatro/detalhes/749/tim-maia-vale-tudo-o-musical/


e, pra terminar

"Cap. XIV - ... O direito natural que os escritores comumente chamam de Jus naturale é a Liberdade que tem cada um de se servir da própria força segundo sua vontade, para salvaguardar sua própria natureza, isto é, sua própria vida. E porque a condição humana é uma condição de guerra de cada um contra cada um... daí resulta que, nessa situação, cada um tem direito sobre todas as coisas, mesmo até o corpo dos outros... Enquanto dura esse direito natural de cada um sobre tudo e todos, não pode existir para nenhum homem (por mais forte ou astucioso que seja) a menor segurança...
Cap. XV - ... Antes que se possa utilizar das palavras justo e injusto, é preciso que haja um Poder constrangedor; inicialmente, para forçar os homens a executar seus pactos pelo temor de uma punição maior do que o benefício que poderiam esperar se os violassem, em seguida, para garantir-lhes a propriedade do que adquirem por Contrato mútuo em substituição e no lugar do Direito universal que perdem. E não existe tal poder constrangedor antes da instituição de um Estado. (...) em outras palavras, onde não há Estado, não há Propriedade e cada homem tem direito a todas as coisas. Por conseguinte, enquanto não há Estado, nada há que seja Injusto."

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